A fé religiosa é tão antiga quanto o ser humano. E o conflito entre religiões também parece ter nascido com a religião. Afinal de contas quem tem a verdade sobre os mistérios da vida e da morte? Quem detém a senha que abre o selo do sentido de tudo o que existe e o porquê definitivo das coisas? Para onde vamos?
De onde viemos?
Estas e outras questões semelhantes continuam a inquietar os seres humanos em qualquer lugar e em qualquer época. Apesar de todo avanço tecnológico o mistério da existência continua vivo.
O livro do Apocalipse é apenas uma entre tantas expressões da fé religiosa que visa explicar e dar sentido à vida. Mais do que o sentido da vida, o Apocalipse é uma tentativa de dar sentido à história, sobretudo quando ela parece ser marcada pelo absurdo da violência, do sangue derramado e da desigualdade que fazem seres humanos vítimas de si mesmos.
As cartas joaninas (CJ) são consideradas, desde muito cedo pela tradição das
igrejas cristãs, como escritos ligados ao Evangelho Segundo João (EJo). A primeira
carta (1Jo) por conter paralelos explícitos ao evangelho joanino. As outras duas,
2Jo e 3Jo, por apresentarem semelhanças temáticas com o EJo.
A primeira carta de João foi escrita com o propósito de combater interpretações
e práticas julgadas equivocadas do EJo. O motivo é regrar a prática e o relacionamento entre pessoas e grupos em conflito sobre questões fundamentais em torno
da confissão de fé em Jesus, o pecado e o amor devido aos irmãos, sobretudo aos mais carentes e outras relacionadas ao conhecimento de Deus.
- O Caminho na luz
- 1,5-2,17: Os dois caminhos 1,5: Deus é luz
- O AMOR como identidade dos filhos de Deus
- 3,1-10: O Pai nos torna filhos agora 3,11-18: Amor recíproco 3,19-22: Confiança diante de Deus 3,23-24: Deus permanece em quem
- DEUS É AMOR
- 4,7-21: Quem ama conhece a Deus 5,1-12: A Fé no Filho: Testemunho de Amor em Jesus
A cristologia da 1Jo é uma afirmação da humanidade de Jesus frente àqueles
que parecem estar negando essa identidade importante da encarnação de Jesus
como ser divino e pré-existente. É preciso afirmar que Jesus, “[…] o Verbo da
vida […] era desde o princípio (1Jo 1,1). Entretanto, a afirmação cristológica mais
importante é a seguinte: